Editoriais • 13.12.2022
Captura de lobos-guarás inicia nova fase de monitoramento de fauna na região oeste da Bahia.

Projeto executado pelo Parque Vida Cerrado visa à promoção da sustentabilidade rural e a conservação da biodiversidade no Cerrado do Oeste baiano.

Após uma extensa campanha de captura, eis que os lobos de 2022 foram capturados. Um casal, José Bonifácio e Elizabeth caíram entre os dias 14 e 18 de outubro na região de Placas. O projeto de monitoramento de fauna faz parte do Programa Conecta Cerrado: iniciativa executada pelo Parque Vida Cerrado – primeiro e único centro de conservação da biodiversidade, pesquisa e educação socioambiental do Oeste baiano, localizado no município de Barreiras em parceria com a ADM- que tem, no lobo-guará, o principal alvo de observação de uma pesquisa inédita para a região. O animal é bandeira do projeto por ser considerado um jardineiro do Cerrado, de extrema importância para a manutenção das áreas verdes e do equilíbrio ambiental, é ainda um indicador de qualidade ambiental devido a sua tolerância às mudanças ambientais e de paisagem.

O macho capturado no dia 14 é um animal de aproximadamente sete anos, pesando 24 kg e medindo 78 cm de altura. José Bonifácio, apresentava boas condições físicas. “O canídeo foi anestesiado e passou por um check-up completo. Foram realizados diversos exames clínicos e físicos para avaliar o estado de saúde e as possíveis doenças que circulam na população local, compondo o inquérito epidemiológico que vem sendo feito desde 2020. Após este protocolo, o animal foi liberado pela equipe na Reserva Legal da propriedade rural onde ocorreu a captura. O animal estava
clinicamente bem ”, destaca a médica veterinária do parque e líder de fauna do projeto, Paula Damasceno.

Na terça dia 18 a loba Elizabeth, foi capturada, mais jovem, com aproximadamente 03 anos, pesando 26 Kg e medindo 76 cm de altura. Também apresentou boas condições físicas. Ambos receberam colar de monitoramento por GPS que vai ajudar a entender a dinâmica populacional da espécie na área de estudo.

O monitoramento de fauna por meio de armadilhamento fotográfico segue em mais 04 propriedade e vai até o mês de maio, com o objetivo de levantar dados sobre a fauna residente nas propriedades e somar às informações já existentes. O apoio e envolvimento das fazendas é fundamental para a execução do projeto, que vai desde a colocação dos equipamentos em pontos estratégicos até o fornecimento de informações da propriedade para que as equipes possam avaliar as respostas da fauna.

O projeto investigando o Cerrado – Os dados obtidos no monitoramento do lobo-guará vão complementar iniciativas realizadas em outros projetos do Parque Vida Cerrado. Algumas propriedades que participam do projeto de restauração de mata nativa do Cerrado, também em parceria com a ADM, são consideradas áreas estratégicas para a instalação das 25 câmeras trap e a captura de animais por meio de armadilhas. Além de aumentar a área de observação e o número de indivíduos avaliados, a expectativa agora é conferir mais segurança aos resultados coletados em estudos anteriores e traçar um panorama da biodiversidade na região. O monitoramento vai ajudar ainda a formar um banco de dados para que os especialistas, biólogos e pesquisadores possam entender melhor o comportamento dos animais silvestres em um ambiente livre e assim produzir planos mais efetivos para a preservação das espécies mapeadas.
O projeto desenvolveu atividades de Educação Ambiental com duas escolas na região, a Escola Estadual Maria Otília em Luís Eduardo Magalhães e a Escola Municipal Santa Luzia na zona rural de Barreiras.

Parque Vida Cerrado

Fundado em 2006, como resultado de uma iniciativa do Grupo Galvani – sua principal mantenedora atualmente, o Parque Vida Cerrado é o primeiro e único centro de conservação da biodiversidade, pesquisa e educação socioambiental do Oeste baiano. Localizado entre os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, mantém um criadouro científico para fins de conservação de animais silvestres, um Centro de Excelência em Restauração com ampla expertise no bioma Cerrado e um núcleo para realização de projetos e atividades socioambientais. Em 16 anos de atuação, envolveu mais de 30 mil pessoas em suas ações, distribuiu milhares de mudas para reflorestamento urbano e rural, capacitou centenas de coletores de sementes nos assentamentos e reproduziu, com sucesso, mais de 40 animais silvestres. O PVC conta ainda com o apoio de parceiros como BrasiTrans, JCO, Mauricéa, Mimoso Madeiras, Hotel Solar Rio de Pedras, Oilema, Condomínio Irmãos Gatto Agro, Condomínio Santa Carmem, Conservação Internacional, ADM e Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) e Nuveen Natural Capital.

A ADM, parceira do Projeto

Presente há 20 anos na América do Sul, a Archer Daniels Midland Company (NYSE: ADM) é uma das maiores empresas do agronegócio no mundo. Atua no processamento e comercialização de grãos (soja e milho); fabrica óleos vegetais, ingredientes e insumos para a indústria química, alimentícia e de nutrição animal, biodiesel e opera uma grande estrutura logística para levar esses produtos para os mercados em todo o mundo. É no Brasil, no entanto, que está localizada a maior operação sul-americana da ADM, empregando cerca de 3.300 colaboradores, desde 1997 – ano que marcou o início de suas operações. Em 2020, a ADM registrou o terceiro recorde anual consecutivo na originação de grãos do Brasil. Desde 2009, através do ADM Cares – programa de investimentos sociais – a empresa investiu mais de US$ 4,5 milhões de dólares na América do Sul, apoiando diversos projetos nas áreas educacional, social e ambiental.

 

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