Institucional • 06.06.2023
Parque Vida Cerrado celebra nascimento de filhotes de lobo-guará no oeste baiano.

Casal de lobos, Elke e Vitor deram à luz a duas fêmeas, Tangerina e Bergamota; espécie é ameaçada de extinção.

Irmãs Tangerina e Bergamota no Parque Vida Cerrado | Foto: Rogério Cunha de Paula

O Parque Vida Cerrado, primeiro e único centro de educação socioambiental do Oeste baiano, registrou o nascimento de dois filhotes de lobo-guará, as irmãs Tangerina e Bergamota, no dia 14 de abril. Elas são fruto de uma gestação de sucesso registrada no local, que reflete um importante trabalho realizado para conservação da espécie, ameaçada de extinção.

Com os novos filhotes, o Parque celebra o 6° nascimento no local, que ainda conta com outros 7 lobos adultos. Os pais, Elke e Vitor, de 7 e 11 anos, foram pareados durante o mês de fevereiro, período em que passaram a se conhecer melhor. A equipe de profissionais do Parque, que auxiliou no pareamento e na gestação já pode celebrar a adaptação com a qual ambos receberam Tangerina e Bergamota, que já estão com 2kg. “Vitor foi o primeiro lobo-guará nascido no Parque, e Elke foi uma filhote resgatada órfã, em 2016. Tivemos a oportunidade de ver o instinto paterno e protetor que eles têm demonstrado”, diz Rafaela Azzolin, bióloga responsável pelo local. Vitor também é o pai de outros três filhotes que nasceram no Parque – Lobato, Melinda e Atlas.

Uma gestação de sucesso é avaliada tanto pela saúde da mãe quanto dos filhotes após o nascimento, e exige preparo e conhecimento da equipe do Parque, que precisa lidar com alguns desafios. “É preciso começar pelo processo de pareamento entre os lobos, o que só é possível durante o período reprodutivo, que acontece apenas uma vez por ano, por poucos meses. Uma vez realizada a copulação (relação sexual), é preciso um acompanhamento, já que a primeira gravidez costuma ser considerada de risco. Após o nascimento do filhote, é preciso verificar a adaptação da mãe, que pode ter dificuldade para amamentar ou se conectar com a ninhada”, explica Rafaela.

O fato da espécie do maior canídeo da América do Sul e típico do Cerrado estar sob ameaça de extinção é um dos motivos pelo qual o Parque abriga, há 16 anos, um criadouro conservacionista e um centro de excelência em restauração do bioma. Para trabalhar na conservação da espécie, desenvolveu um protocolo inédito de reabilitação de lobos-guarás em área agrícola. Realizado sob supervisão do ICMBio,e em parceria com a ONG Jaguaracambé, Projeto Sou amigo do Lobo e Projeto Ritmos da Vida, o projeto completou um ano desde a primeira soltura do animal em vida livre – cinco já foram soltos no total, e três continuam sendo monitorados tanto pelos institutos participantes quanto pelo Parque. O estudo, ainda em progresso, analisa e propõe ações de recebimento, treinamento, soltura ou translocação e o monitoramento dos animais pós-soltura.

Assim que atingirem a idade de separação dos pais (após os 7 meses), Tangerina e Bergamota estarão à disposição do StudBook – registro genealógico dos indivíduos da espécie mantidos sob os cuidados humanos – que por meio das orientações dos grupos de especialistas, faz as recomendações de destinação dos animais.

Até o momento, 20 lobos-guarás já passaram pelo Parque Vida Cerrado, fundado e mantido pela Galvani Fertilizantes, e que hoje conta com 24 animais de oito espécies diferentes, sendo cinco delas ameaçadas de extinção.

“Estamos felizes por ter acompanhado essa reprodução de perto, principalmente na região do Oeste da Bahia, onde conseguimos ter um maior engajamento da população e disseminar o conhecimento das espécies, O lobo-guará é um animal que nos conquista, é muito carismático, mas está sob ameaça de extinção. Uma gestação como essa é muito importante para a conservação da espécie, e a partir do protocolo desenvolvido podemos reduzir a ameaça que os lobos vêm sofrendo ao longo dos anos”, finaliza Rafaela.

Sobre o Parque Vida Cerrado

Primeiro e único centro de educação socioambiental do Oeste baiano, que abriga um criadouro conservacionista e um centro de excelência em restauração do bioma Cerrado, localizado entre os municípios de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. Criado há 16 anos, o parque é idealizado e patrocinado pela Galvani. Dispõe de mais de 30 espécies nativas em seu viveiro, desenvolvidas com apoio da Rede de Coletores de sementes dos assentamentos rurais.

Sobre a Galvani

Empresa 100% brasileira de produção verticalizada de fertilizantes. Atua no setor de fertilizantes desde a década de 1960 e é líder em produção e distribuição no Matopiba, região agrícola que compreende os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Possui um complexo industrial em Luís Eduardo Magalhães e uma unidade de mineração e beneficiamento em Angico dos Dias, além de estar preparando uma nova fase de operação da unidade de mineração em Irecê – todos na Bahia. A companhia mantém também escritórios corporativos em Campinas (SP) e na capital paulista.

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