Editoriais • 29.05.2022
Parque Vida Cerrado e ADM renovam parceria com projeto para monitoramento da fauna no Oeste baiano

Iniciativa vai permitir levantar, em cinco propriedades agrícolas entre Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, dados sobre a diversidade de animais de médio e grande porte que vivem em áreas agricultáveis de propriedades inseridas no Cerrado

Parceiros na restauração de vegetação nativa, o Parque Vida Cerrado – primeiro e único centro de conservação da biodiversidade, pesquisa e educação socioambiental do Oeste baiano, e a ADM – líder global em nutrição, originação e processamento agrícola – anunciam a renovação da parceria para realização de um novo projeto de monitoramento de fauna e de saúde populacional de lobos-guarás, no Oeste da Bahia. O objetivo é identificar a diversidade de animais de médio e grande porte com possível ocorrência de novas espécies, levantar informações sobre o estado de saúde e as doenças circulantes, avaliar a interação dos animais silvestres, orientar produtores rurais e engajar a comunidade escolar a partir da promoção de ações de educação ambiental.


O projeto será realizado em cinco propriedades rurais dos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, durante o período de um ano, com campanhas de capturas e exames de lobos-guará (Chrysocyon brachyurus) para estudos de doenças e inquéritos epidemiológicos. A espécie é o animal foco da pesquisa e funcionará como “detetive ecológico” devido a sua extrema importância para a manutenção das áreas verdes e do equilíbrio ambiental. De acordo com a mais recente lista da União Internacional para Conservação da Natureza – UICN, o lobo-guará é classificado na categoria de risco “pouco preocupante” em toda a América do Sul, mas no Brasil seu status é “vulnerável”, e na Bahia como “Em Perigo”. “A situação da espécie é crítica, sobretudo, porque existem regiões onde ele está quase desaparecendo em função de atropelamentos, caça e até superstições”, avalia Gabrielle Rosa, bióloga e coordenadora do Parque Vida Cerrado.

Para ajudar a reverter esse quadro, um grande diferencial do projeto é a introdução das ações de educação ambiental. Duas escolas, uma no município de Luís Eduardo Magalhães e outra na zona rural de Barreiras serão convidadas para participar do projeto “Investigando o Cerrado”, uma iniciativa paralela do monitoramento cujo objetivo é disseminar conhecimento, simplificar os dados obtidos em campo para as salas de aula e fortalecer os esforços em busca da sustentabilidade e da conservação da biodiversidade do Cerrado. No primeiro momento, os professores serão envolvidos em oficinas de educação ambiental para que possam transmitir e desenvolver atividades lúdicas com a temática de conservação do Cerrado nas salas de aulas. Com os alunos, a ideia é formar uma população consciente e engajada nas questões ambientais.

 

Extensão do Projeto Restaura Cerrado

Os dados obtidos no monitoramento do lobo-guará vão complementar iniciativas realizadas em outros projetos do Parque Vida Cerrado. Algumas propriedades que participam do projeto de restauração de mata nativa do Cerrado, também em parceria com a ADM, são consideradas áreas estratégicas para a instalação das 25 câmeras trap e a captura de animais por meio de armadilhas. Além de aumentar a área de observação e o número de indivíduos avaliados, a expectativa agora é conferir mais segurança aos resultados coletados em estudos anteriores e traçar um panorama da biodiversidade na região. “O monitoramento vai ajudar ainda a formar um banco de dados para que os especialistas, biólogos e pesquisadores possam entender melhor o comportamento dos animais silvestres em um ambiente livre e assim produzir planos mais efetivos para a preservação das espécies mapeadas. A diversidade de fauna é um dado importante para entender a qualidade das áreas de conservação e a interação dos animais com o cenário agrícola regional”, aponta Gabrielle.

Para Diego Di Martino, líder de sustentabilidade da ADM Latam, a extensão da parceria reafirma o compromisso da empresa com a agenda da sustentabilidade e de boas práticas. “Atuamos junto a milhares de produtores, oferecendo conhecimento tecnológico, apoio técnico na escolha dos insumos, obtenção de financiamento e orientações sobre as melhores práticas de cultivo e de sustentabilidade. No Oeste da Bahia, fomos a primeira e única dentre as empresas de commodities agrícolas a engajar-se na restauração de vegetação nativa em área de plantio de soja. Nesta nova fase, queremos ser novamente, ao lado do produtor, protagonistas e um exemplo a ser seguido na preservação e conservação de um hot spot tão importante como o Cerrado, cujo animal símbolo é o lobo-guará, uma espécie de extrema importância para a manutenção dos ecossistemas naturais e do equilíbrio ambiental”, declara.

Parque Vida Cerrado

Fundado em 2006, como resultado de uma iniciativa do Grupo Galvani – sua principal mantenedora atualmente, o Parque Vida Cerrado é o primeiro e único centro de conservação da biodiversidade, pesquisa e educação socioambiental do Oeste baiano. Localizado entre os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, mantém um criadouro científico para fins de conservação de animais silvestres, um Centro de Excelência em Restauração com ampla expertise no bioma Cerrado e um núcleo para realização de projetos e atividades socioambientais. Em 15 anos de atuação, envolveu mais de 30 mil pessoas em suas ações, distribuiu milhares de mudas para reflorestamento urbano e rural, capacitou centenas de coletores de sementes nos assentamentos e reproduziu, com sucesso, mais de 40 animais silvestres. O PVC conta ainda com o apoio de parceiros como BrasiTrans, Mauricéa, Mimoso Madeiras, Hotel Solar Rio de Pedras, Oilema, Condomínio Irmãos Gatto Agro, Condomínio Santa Carmem, Conservação Internacional, ADM e Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA).

A ADM

Presente há 20 anos na América do Sul, a Archer Daniels Midland Company (NYSE: ADM) é uma das maiores empresas do agronegócio no mundo. Atua no processamento e comercialização de grãos (soja e milho); fabrica óleos vegetais, ingredientes e insumos para a indústria química, alimentícia e de nutrição animal, biodiesel e opera uma grande estrutura logística para levar esses produtos para os mercados em todo o mundo. É no Brasil, no entanto, que está localizada a maior operação sul-americana da ADM, empregando cerca de 3.300 colaboradores, desde 1997 – ano que marcou o início de suas operações. Em 2020, a ADM registrou o terceiro recorde anual consecutivo na originação de grãos do Brasil. Desde 2009, através do ADM Cares – programa de investimentos sociais – a empresa investiu mais de US$ 4,5 milhões de dólares na América do Sul, apoiando diversos projetos nas áreas educacional, social e ambiental.

 

 

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