A fêmea (Ararão) do casal de araras-azuis grandes que vivem Parque Vida Cerrado tem uma história de superação. Ela foi resgatada de uma pessoa que a prendia há 7 anos em sua residência. Chegando no parque, conheceu o seu único amor, já que as araras-azuis têm apenas um parceiro ao longo da vida, o Zé – macho nascido em um criadouro de São Paulo. A arara-azul é considerada “vulnerável” pela IUCN.
A Mel é, sem dúvida, a loba-guará mais famosa do Brasil. Já foi personagem em reportagens dos principais programas da TV Globo, nacionais e locais, além de ter sido destaque até no Discovery Channel. Popular entre as crianças, a Mel faz um sucesso danado e divide o recinto com o macho, Victor, e sua filhotinha, a Melinda, que será destinada em breve para outra instituição. Além dessa família linda de lobos-guará, vivem também no parque o casal Thor e Elke. O primeiro foi encontrado atropelado no interior de São Paulo, passou por um processo de recuperação e depois foi destinado ao parque. Já a Elke foi encontrada em uma fazenda da região, ainda filhote, encurralada por cachorros. Ela chegou ao parque no dia que a famosa atriz Elke Maravilha nos deixou, seu nome é uma homenagem a ela. O lobo-guará está classificado como “quase ameaçado de extinção” pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). O Parque Vida Cerrado lançou, em 2019, o programa “Adote a Mel”!
O papai Léo, ararajuba macho que vive no Parque Vida Cerrado, é viúvo e pai de lindos filhotes. Um deles, a fêmea Kiki, foi reintroduzida em vida livre por meio de um programa em Belém (PA). Kiki abriu as portas para outros irmãos, Kadu e Kiko, que também vão fazer parte do programa de reintrodução. O projeto de reintrodução é realizado em parceria com a USP e a Fundação Lymington. A ararajuba é considerada “vulnerável” pela IUCN.
Cecília, fêmea de ema, foi encontrada junto ao seu falecido irmão, Rodolfo – macho. A dupla de irmãos foi resgatada de uma queimada com apenas 45 dias de vida. No parque, eles encontraram um ambiente seguro para viver com qualidade, sem ter que conviver com a perseguição dos caçadores. A ema é considerada “quase ameaçada” pela IUCN.
Chiquinho, macho de bugio-preto, foi atropelado na BR 020. Por conta do atropelamento, teve seu braço direito amputado e chegou ao parque em agosto de 2008, trazido pelo Ibama, de Barreiras. No parque, Chiquinho encontrou uma companheira, sua esposa, a fêmea Bacana. Chiquinho e Bacana formam um belo casal, adorado pelos visitantes. Aqui, no parque, temos ainda o Fred Jr. e a Catu, filhos de Fred e Flor, casal de bugios-pretos que viveu na instituição antes de serem destinados para um criadouro no Pará. A condição do bugio-preto é considerada “pouco preocupante” pela IUCN, mas encontra-se “em perigo” na lista estadual.
O Aparecido, macho de veado-catingueiro, foi resgatado ainda filhote, encontrando no Parque Vida Cerrado um lar. Aqui, também vive a fêmea Mariana que, com seu falecido marido Oliveira, teve dois filhotes, Ralph e Preta. A condição do veado-catingueiro é considerada “pouco preocupante” pela IUCN.
O casal de cervo-do-pantanal do Parque Vida Cerrado veio de São Paulo. Dora e Rick são exemplares vivos da maior espécie de cervídeo da América do Sul. Eles, que podem chegar a até 125 quilos, são pais da encantadora Lina, filhote nascida em setembro de 2018. A preocupação com o declínio populacional dessa espécie tem feito com que as instituições redobrem a atenção para garantir as reproduções. São animais muito sensíveis e delicados, de difícil reprodução. Nos últimos anos, por meio de um árduo trabalho, o parque tem sido reconhecido por registrar recorrentes sucessos reprodutivos. O cervo-do-pantanal é considerado “vulnerável” pela IUCN.
Eles são os diferentões do Vida Cerrado. Os tamanduás-bandeira Pepeu, que é super guloso, e Aninha, que é mega preguiçosa, formam o casal mais peculiar do parque. Seus hábitos, pouco conhecidos pelos visitantes, chamam atenção. Um deles é a mania de tomar banho, nos dias quentes, nas piscinas naturais do recinto, sem dar a mínima para os olhares curiosos. Ah, sabiam que o tamanduá-bandeira pode comer até 30 mil formigas por dia? Sim, 30 mil! Mas, no parque eles se alimentam da famosa papinha nutritiva para tamanduás, desenvolvida por especialistas e que fornece os mesmos nutrientes presentes nas formigas. O tamanduá-bandeira é considerado “vulnerável” pela IUCN.
Amado e Zélia, gaviões-de-rabo-branco, chegaram ao parque há nove anos. O casal veio do CETAS, da capital baiana, e foram solicitados pelo Parque Vida Cerrado por serem de uma espécie emblemática da região. O gavião-de-rabo-branco é considerado “pouco preocupante” pela IUCN.