A vegetação desempenha um papel fundamental na conservação e no equilíbrio ecológico do Cerrado. O Núcleo Flora do Parque Vida Cerrado busca garantir o cuidado com a vegetação de forma integral, abrangendo atividades que vão desde a coleta de sementes até a produção de mudas e projetos de restauração ecológica. Este trabalho promove a recuperação de áreas degradadas, fortalece a biodiversidade regional e integra as comunidades locais de forma sustentável.
Com essa abordagem, o Parque Vida Cerrado assume um papel de liderança na restauração ecológica do Oeste da Bahia, oferecendo soluções práticas e sustentáveis
para a conservação do Cerrado.
A coleta de sementes nativas do Cerrado é a base do trabalho do Núcleo Flora e acontece em parceria com a ARSOBA – Associação Rede de Sementes do Oeste da Bahia – seguindo critérios rigorosos de sazonalidade e respeitando áreas de coleta autorizadas. Fazendas locais colaboram permitindo a coleta sustentável em suas propriedades.
A parceria com a ARSOBA promove capacitação, gera renda para a comunidade local e assegura participação ativa na conservação do Cerrado, garantindo que as sementes comercializadas e usadas no viveiro e nos projetos de restauração sejam sementes de espécies nativas locais.
Sobre a ARSOBA
A Associação Rede de Sementes do Oeste da Bahia (ARSOBA) é uma organização fundada em 2021 pelo Parque Vida Cerrado, em parceria com a Conservação Internacional e a Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, com o apoio da Cortez Soluções Ambientais. A ARSOBA integra o Redário, uma articulação de redes e grupos de coletores de sementes nativas voltada para a restauração ecológica.
A associação é composta majoritariamente por mulheres de comunidades rurais, como o Assentamento Rio de Ondas, em Luís Eduardo Magalhães. Essas coletoras desempenham um papel crucial na coleta de sementes nativas do Cerrado, contribuindo para projetos de restauração ambiental e geração de renda local. A ARSOBA também promove capacitações para aprimorar a qualidade das sementes, desde a coleta até a comercialização, fortalecendo a participação ativa das comunidades na conservação do Cerrado de forma sustentável.
A casa Jatobá
A Casa Jatobá, inaugurada em abril de 2023 pelo Parque Vida Cerrado no Assentamento Rio de Ondas para a ARSOBA, em Luís Eduardo Magalhães, Bahia, é um espaço dedicado à conservação de sementes do Cerrado e à formação de novos coletores. Este marco para a preservação da biodiversidade do Oeste baiano oferece um ambiente adequado para a coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes nativas, além de sediar encontros e atividades educativas para os coletores.
A iniciativa de construção da casa, realizada com o apoio do fundo de investimento Nuveen, visa fortalecer a cadeia de restauração ecológica na região. A Casa Jatobá contribui para a geração de renda para moradores de comunidades rurais, capacitando-os e incentivando sua participação ativa na conservação do Cerrado de forma sustentável.
O Viveiro do Parque Vida Cerrado é um centro especializado na produção de mudas nativas, funcionando como uma ferramenta estratégica para promover a conservação ambiental.
A produção de mudas segue padrões técnicos rigorosos. O processo começa com a recepção e seleção de sementes nativas, seguida de beneficiamento e cultivo em ambiente controlado, com substratos produzidos por meio da técnica da compostagem. Técnicas de manejo adequadas garantem mudas saudáveis e prontas para atender às necessidades dos projetos ambientais no Oeste da Bahia e Matopiba.
Com uma estrutura moderna e uma equipe técnica qualificada, o viveiro tem uma capacidade produtiva de 100 mil mudas ao ano.
Produz espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas, incluindo espécies ameaçadas e de alto valor ecológico. Essa diversidade permite atender projetos ambientais de diferentes escalas e finalidades no Cerrado.
O Viveiro do Parque Vida Cerrado possui registro ativo no RENASEM (Incluir o número do Registro Nacional de Sementes e Mudas), o que garante que sua produção atende aos padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Agricultura. Esse registro assegura a conformidade ambiental das mudas para uso em projetos de restauração ecológica e compensação ambiental.
A restauração do Cerrado é a razão maior do trabalho do Núcleo Flora do Parque Vida Cerrado. Suas ações abrangem a recuperação de nascentes, reflorestamento de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais, criação de corredores ecológicos pensando também na conservação da fauna e arborização urbana.
Diversas técnicas de restauração ecológica são usadas nos projetos de recuperação de áreas degradadas, adaptando estratégias às características específicas de cada local.
Produção e plantio de mudas de espécies nativas do Cerrado, cultivadas em viveiros especializados, para recompor a vegetação original e promover a biodiversidade.
Dispersão de uma mistura de sementes de diferentes espécies nativas diretamente no solo, simulando o design da natureza e aumentando a diversidade florística.
Integração de espécies arbóreas nativas com culturas agrícolas, conciliando produção econômica com recuperação ambiental e conservação dos recursos naturais.
Remoção de plantas exóticas que competem com as nativas, permitindo a regeneração natural da vegetação do Cerrado.
Acompanhamento contínuo das áreas restauradas para avaliar o sucesso das intervenções e ajustar as práticas conforme necessário.
Essas técnicas são aplicadas de forma integrada, considerando as especificidades de cada área e envolvendo as comunidades locais no processo, promovendo a sustentabilidade e a conservação do bioma Cerrado.
Por meio de ações contínuas e colaborativas, promovemos a recuperação de ecossistemas degradados, assegurando um Cerrado mais saudável e sustentável para as futuras gerações. O Núcleo Flora desempenha um papel crucial na restauração ecológica e no desenvolvimento sustentável da região.
O Parque Vida Cerrado mapeia e diagnostica áreas em propriedades rurais nos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. A iniciativa visa implementar ações de restauração da vegetação nativa nessas áreas, contribuindo para a recuperação de ecossistemas degradados e fortalecendo a sustentabilidade ambiental na região.
A Vitrine de Restauração Ecológica é uma iniciativa do Parque Vida Cerrado que visa demonstrar e promover práticas eficazes de restauração ambiental no Cerrado. Para isso, o parque removeu 10 hectares de eucalipto em suas proximidades, destinando a área para a implementação de quatro modelos distintos de restauração. Esses modelos servem como exemplos práticos para proprietários rurais, técnicos ambientais e o público em geral, ilustrando técnicas de recuperação de ecossistemas degradados, funcionando com uma ferramenta educacional e de pesquisa sobre práticas restaurativas no Cerrado.