No dia 19 de setembro de 2025, o Parque Vida Cerrado foi palco de um marco histórico para a restauração ecológica e o fortalecimento comunitário no Oeste da Bahia: o 1º Encontro de Coletores da Rede de Sementes. O evento reuniu cerca de 67 participantes e 50 coletores e coletoras dos municípios de São Desidério, Formosa do Rio Preto, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, além de representantes institucionais, parceiros e lideranças locais.
Organizado pelo Parque Vida Cerrado e pela Associação Rede de Sementes do Oeste da Bahia (ARSOBA), com apoio da Cargill e da Galvani, o encontro teve também a presença das Secretarias Municipais de Sustentabilidade de Luís Eduardo Magalhães e de Meio Ambiente de Barreiras e de organizações parceiras.
Na abertura, a gerente do Parque, Gabrielle Rosa, destacou a realização de um sonho iniciado em 2011 com o Projeto de Restauração e Ampliação do Viveiro, que se fortaleceu com o Projeto Conecta Cerrado em 2020 e ganhou corpo em 2021, com a formalização da ARSOBA. “Este encontro é fruto da união e da força coletiva, e marca um passo essencial para a valorização da atividade de coleta de sementes como prática sustentável, que gera oportunidades, fortalece comunidades e contribui diretamente para a preservação do Cerrado”, afirmou.
A mesa de abertura contou com a presença de Kenni Henke, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Luís Eduardo Magalhães, Ivanete da Silva Sena, vice-presidente da ARSOBA, Marcelo Cortez, da Cortez Soluções, Abner Costa, da Agência 10Envolvimento, Lorena Stresser, da LS Consult, e Natanna Horstmann, responsável técnica do Redário e da Rede de Sementes do Cerrado.
Com o tema “Raízes do Passado, Força do Presente e Sementes para o Futuro”, a programação promoveu rodas de conversa, painéis e dinâmicas que valorizaram a trajetória da rede, destacaram os desafios atuais e apontaram caminhos para a sustentabilidade da atividade nos próximos anos. O encontro reafirmou o papel central da ARSOBA e dos coletores na linha de frente da recuperação do Cerrado. Mais do que um evento, representou a construção coletiva de um futuro mais sustentável, no qual cada semente carrega não apenas a promessa de uma nova árvore, mas também de comunidades mais fortes e unidas em prol da conservação.
A coleta de sementes nativas é uma atividade estratégica para a restauração ecológica do Cerrado, considerado o berço das águas do Brasil. Além de garantir a recuperação de áreas degradadas, fortalece a economia local, gera renda para famílias rurais e mantém viva a conexão cultural com o território.
